terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Se 2010 começar assim..

Com tantos planos em movimento
Com tantos pensamentos soltos e vontades em constante mudança
Com 'quereres' loucos e até um não querer
Com sonhos grandiosos e amores ainda maiores
Com solidão mesclada com multidão
Com ganhos e percas
Com coragem e preguiça
Com menos choro e mais risadas
Com uma vida centrada
Com carinhos especiais
Com descobertas emocionantes
Com pessoas inesquecíveis...
O ano será emocionante.

Fim de ano com tanta coisa acontecendo ao meu redor e mais ainda na minha cabeça que terei muito o que fazer no próximo!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Com orgulho


Consegui concluir, junto com minha turma, o I Encontro Municipal de História em Arari - MA. Junto com ele fizemos também uma ação social em um bairro carente da cidade. O evento foi muito bom, apesar dos imprevistos. Porém, não é dele que quero falar agora e sim, da ação social.

Após tanto sacrifício, confusão, stress, e muito, muito trabalho conseguimos finalizar esse pequeno sonho de forma eficiente. Tudo valeu a pena para mim e me orgulho disso. Porém, nada vai superar meu orgulho e minha felicidade da ação social. Foi incrível. Primeiro por ser minha primeira experiência como professora, não de História, mas de ballet. Segundo por ser com a faixa etária que mais gosto e pretendo trabalhar nela, com crianças. Terceiro por está ao meu lado pessoas, e uma pessoa mais especial, que me apoiou muito.


Mais que tudo isso foi ver o interesse e força de vontade daquelas meninas fofas. Consegui algumas roupinhas de ballet para elas e desde já a empolgação começou, tanto das bem miudinhas - como a Fernanda que ficou com um collant maior que ela, mas tava se sentindo linda (e tava mesmo linda!) e mesmo se distraindo com qualquer coisa e não prestando muita atenção no que eu falava vinha toda hora falar comigo algo sobre balão ou para mostrar sua roupa. Até as meninas maiores que também se distraíam com a música, mas não paravam de treinar a pirueta que ensinei. Tudo isso foi recompensador.


É incrível como pequenos atos melhoram a vida de alguém, como apenas meus parabéns por estarem fazendo certo fazia elas se sentirem mais confiantes e felizes. Impressionante como aquelas poucas horas foram suficiente para elas virem me abraçar e brigarem para segurar minha mão e me chamrem de tia, como esse tempinho foi o bastante para confiarem tanto em mim.


Mesmo eu dormindo pouco, mesmo ficando doente, mesmo com as brigas que houve, mesmo com o calor e até mesmo a bagunça das meninas o que vai ficar para sempre desse momento são os sorrisos, os abraços, a alegria, as criancices, a dança, a cantoria, o carinho e tudo mais que aquelas crianças trouxeram para gente sem nem perceber e mais aquilo que levamos para elas de coração aberto.


Foi realmente maravilhoso e não vou conseguir descrever tudo, pois é indescritível.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ela


Pediram para definí-la e simplesmente não soube o que dizer na hora, mas aquilo ficou.

Começei a imaginar algo muito forte por fora e muito doce por dentro.

Lembrei da borboleta. De uma forma muito mais bonita e complexa ela é como uma borboleta.

Fiz até um pequeno poema, até pensei em colocar aqui, mas já não gosto mais dele.

Talvez porque ele é simples demais para falar de uma pessoa tão complexa e importante na minha vida ou então por ainda não dizer aquilo que realmente sinto.

Porém, ainda a acho uma borboleta, só que com especificidades, pois essa minha borboleta entra sempre que pode em seu casulo para mostrar de forma séria como é forte.

Sai assim que você sorri para ela para mostrar que vai te ajudar com ternura em qualquer momento que precise; nessas horas todos olham suas lindas asas coloridas e todo seu corpo e sua alma pronta para abdicar tudo por você.

E não só nesses momentos como no porto seguro que demonstra em seu casulo ela deixa claro o quanto amor tem disponível para todos aqueles que a querem bem.

Ela cuida de quem cuida dela.

Ela é minha fortaleza e minha borboleta.

Ela é minha mãe.

J'taime.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um passo maior que as pernas


Nessa sexta o "mundo" escolheu o Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016. Como tudo que acontece por aqui, a festa já começou pela manhã na Cidade Maravilhosa. Muitos shows, bebedeira, carnaval - todo dia é Carnaval. Além disso, havia a maior torcida de toda a mídia, quase enfiando nas nossas cabeças o quão maravilhoso é sediar uma Olimpíada - já vamos ter a Copa aqui, né?!
Pessoas chorando, felizes, sem acreditar naquilo que, para mim, era óbvio e completamente surpreendente ao mesmo tempo. Óbvio porque países ditos desenvolvidos não querem esse "abacaxi", estive no Canadá e eles não gostavam nem de lembrar que os impostos eram mais altos devido às construções feitas para as Olimpíadas que sediaram e que hoje não serviam para muita coisa. Surpreendente, porque - e novamente isso na minha singela opinião - não consigo imaginar um país ainda com tantas necessidades básicas para serem resolvidas conseguir sediar um evento desses, uma cidade com problemas seriíssimos de segurança pública trazer pessoas do mundo todo para testemunhar isso - sei, claro, que o Rio ainda é a cidade que mais recebe turistas do país, mas nem isto nem sua beleza extraordinária conseguem mudar a realidade da cidade.
Concordo com quem diz que esses tipos de eventos são para países ricos, com uma elite no esporte - e para isso toda rede de educação precisa ser organizada e eficaz - e com problemas como: analfabetismo, alto nível de pessoas vivendo na miséria, saúde pública precária, corrupção, etc. já superados. Ao menos bem amenizados.
Talvez esteja com uma visão muito pessimista, mas só consigo enxergar essas Olimpíadas de 2016 como mais um ópio para o povo (assim com o samba, a bebida, o carnaval) esquecer que passa fome, que não tem educação e muito menos saúde para envelhecer de forma saudável; é mais um meio dos nossos "representantes" ganharem seu complementos salariais, mais uma forma de todos se iludirem que o Brasil está rico, desenvolvido e sem problemas, mais um jeitinho brasileiro de colocar aqueles já marginalizados para debaixo do tapete.
Se eu estiver louca e completamente errada, ótimo, mas se não esse evento pode prejudicar ainda mais a imagem já distorcida do Rio de Janeiro lá fora e tornar o Brasil mero coadjuvante no meio de países já consagrados em Olimpíadas. E realmente quero ver como irão segurar os traficantes no morro...
Ainda temos um mês de muita Globo, Record, Veja e tudo mais falando sobre isso. Mas em 2016, quando nos lembrarmos disso novamente, volto a falar do assunto - mais indignada ou mais feliz, não sei.
Boa Copa e Olimpíadas para todos nós que nessas épocas, sim, somos brasileiros (e com orgulho!).

sábado, 19 de setembro de 2009

Dúvida

Aquelas amarras existem ou não?
Isso já não interessa mais, o problema é a força com que te seguram ali
Na "realidade" ou na ilusão.
O bloco já possui um formato perfeito, para quê mudar?!
Por que mexer em time que está ganhando?!
Perfeito pra quem? Ganhando pra quem?
Amarras estas, existem ou não?
A questão já nem é essa ou é..também não interessa.
O problema é que numa hora ou outra as coisas apertam,
Os espaços dimunuem e os problemas se agigantam
A vida vai passando e você, passa?
Olha? Admira? Participa?
Tudo não é mais suficiente, e o que resta?
Nada (?!)
Este prende e liberta
É aquela amarra?
Só resta a dúvida (s)

domingo, 23 de agosto de 2009

Vigilância escolar



Vi semana passada a manchete de uma reportagem sobre câmeras na escola para os pais observarem o que os filhos fazem, como não assisti tudo não posso falar dos detalhes, nem explicações sobre o por quê disso. Ainda assim, a primeira coisa que pensei foi: "Qual a necessidade disso?". Porém, pensei um pouco no assunto e acredito que isso é reflexo de alguns problemas que rondam a relação entre pais-escola e filhos-pais.


Primeiro que todos sabem como grande parte dos pais credita toda educação do filho à escola, retirando da família toda responsabilidade, assim, não duvido nada de que muitos pais irão usar as câmeras para observar a escola e culpá-la pelos atos dos filhos. Logo, poderá complicar ainda mais a frágil relação que as escolas tentam manter com a família.


Segundo que essa ferramenta mexe com outra relação ainda mais complexa, entre pais e filhos, principalmente, adolescentes. Até que ponto os pais podem interferir na vida dos filhos? Isso é preocupação ou a anulação da privacidade? Em que isso ajudaria na relação com os filhos? Ou melhor, na relação aluno-escola?


A escola possui, sim, um papel de formação e educação de pessoas, claro. Assim, as câmeras também tiram em parte essa responsabilidade da escola, diminuindo sua autoridade, o que pode prejudicar a própria atividade do colégio inteiro.


Imagino que muita gente defende essa "inovação" e possui seus motivos, porém acredito que não irá ser colocado em prática de forma maciça, até porque continuo sem entender a necessidade e o ganho para o aluno na sua formação (pois é esse o único aspecto que precisa ser pensado) sabendo que estão sendo "vigiados" pelos pais na escola.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Liberdade Tecnológica?


Assisti hoje uma boa parte da palestra no sesctv sobre: a tecnologia pode democratizar as mídias? Uma palestra não muito recente, porém com discussões ainda válidas e participação de reconhecidos jornalistas que trabalham nessa área e outras pessoas "influentes".
Mesmo voltados para a área de comunicação não pude deixar de interligar com a minha área, o próprio
Marcelo Tas fez um pouco disso também. Até porque acredito que seja vital a relação entre tecnologia e educação, pois ninguém mais vive sem um pouco de tecnologia e "meu" público específico - Ensino Básico - chega na escola com uma quantidade absurda de informações (conhecimento acho muito forte) que precisa ser trabalhada para ajudar na sua aula e, aí sim, se tornar conhecimento.
Eu, que ainda sou muito nova, vivi a explosão da maior revolução já ocorrida na comunicação - como disse o Tas - que foi a Internet e cresci aceitando naturalmente essa incrível mudança porém, a maioria dos professores de hoje participou disso de uma forma bem menos natural, então não tem como aceitarem e entenderem rapidamente. Com isso, ainda temos muitos que não usam as novas mídias ou então usam de maneira inadequada - o que é muito pior. Não estou culpando ninguém e nem generalizando, mas a utilização dos conhecidos recursos dentro de sala de aula precisa ser analisada com cuidado.
Penso sempre na geração que eu irei trabalhar - 2012 - e vejo que serão pessoas que já nasceram em mundo cheio de tecnologias, assim, com uma enorme quantidade de informações acessíveis a qualquer momento. Logo, será impossível - e nem quero - separar minha aula de tudo isso. Por um lado isso ajuda, pois a noção de mundo é muito maior hoje do que a vinte anos atrás, e as crianças estão muito mais ligadas a tudo que ocorre a sua volta. Por outro lado isso prejudica, aí que entra o desafio, primeiro porque o futuro é brilhante e o passado não tem cor. Segundo os questionamentos que são feitos, pois agora a pergunta é: quem possui a verdade, o Google ou o professor? Ainda assim, vejo tudo isso de forma positiva e espero que esses questionamentos meus alunos tenham, pois o professor deixa de ser alguém superior e que não pode ser contestado, no momento que um aluno questiona minha fala com a informação lida no Google ele compreendeu o que eu disse. Tentar, ainda, não ser uma professora - Google também!
Não vou responder a pergunta da palestra, porém acredito que nada é cem por cento uma coisa só. Sendo assim, dentro da profissional que eu pretendo ser, vou procurar trabalhar os dois lados da influência de todas essas tecnologias nos alunos para tentar formar uma pessoa mais completa e que não fique presa totalmente às parafernálias tecnológicas que nos são impostas. E espero com esse texto que todos nós questionemos tudo que usamos diariamente, como nossos próprios blogs, para percebemos se estamos mais livres com tudo isso ou nos prendendo mais e mais.

sábado, 18 de julho de 2009

Só mais uma saída


Era mais uma noite, uma sexta qualquer, com um mesmo lugar para todo mundo ir. Nem tava afim de ir, mas foi.

Férias, ócio, talvez isso que provoque idas em festas, saídas despretenciosas, loucuras impensáveis...

Só nessa época do ano para aquele que não bebia, beber, para aquele que não saia, sair.

Lá foram todos.

Casa vazia, senhores e senhoras viajando, dinheiro em mãos e uma noite inteira pela frente - idéia inicial.

Fila, luzes alucinógenas, bebidas alucinógenas, pessoas alucinógenas...muitas pessoas, suor, danças, risadas, fumaça, cigarros e felicidade (talvez momentânea, mas por que não?) - idéia concretizada.

Começa os problemas disso tudo - não fazia idéia . Rebolados até o chão, tropeços no ar, dores no pé, mais risadas e muito mais bebidas, para disfarçar a tontura, o mal estar, os olhos ardendo. Ah, mais felizes, felizes..

A música vira gritaria, os gostos tornam-se um só e as risadas aumentam sem motivo, claro estão (estamos) felizes...

Ao final só resta um churrasquinho na esquina e a falta de preocupação engloba tudo e todos, assim, ninguém volta com ninguém, todos falam com todo mundo e vão para o mesmo lugar, uma esticadinha?

Ainda assim, a cama macia e uma pessoa especial compensaram qualquer coisa ruim e superou todas as coisas boas. E o sono até meio dia deixou a lembrança de mais uma noite, uma sexta qualquer...



Texto meio sem sentido e divertido como aquela saída.

Inspirado em blogs lidos que tratam dessa loucura de sentimentos e ações que estão sendo as férias de muita gente.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Dois sentimentos




Melhor que chocolate, mesmo sendo dor.
Bom como aquelas discussões, mesmo nem sempre chegando a algum lugar.
Dois sentimentos que trazem sensações semelhantes:
O nervossismo antes de entrar no palco
Se compara ao coração acelerado antes de falar o que sei
O controle do corpo é como ler tantos textos
Difícil.
Colocar todas aquelas roupas é tão necessária
Quanto escrever um artigo...
A descontração no alongamento

É como as roupas sem pretensões em sala de aula
Sequências de exercícios me interessa
Como as dezenas de informações todos os dias
Os mundos e pessoas são diferentes quanto
É a vontade de entender como
As pessoas vivem em um
Sobrevivem em outro
Tentam.
Ilusão?
Piruetas e saltos me tiram do chão

Elogios, debates interessantes, leituras... também
Saudades de um

Necessidade (de descanso?) do outro

Equíbrio.
Vontade.

Sentimentos...dois apenas...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Uganda Brasileira


Falei esse mês mesmo sobre o querido Zeca e fiquei com um pequeno incômodo pela forma como alguns entederam a relação que citei entre ele e sua terra natal, então, estou colocoando esse texto de sua autoria - e que alguns devem conhecer - onde ele fala através de um apanhado histórico sobre a situação atual de nosso Estado. Um texto bem feito, de fácil leitura e com muitas verdades!

Boa Leitura!
"O Maranhão é um Estado do Meio Norte brasileiro, um preciosismo para nomear a região geograficamente multifacetada que é ponto de interseção entre o Nordeste e a Amazônia. Com área de 330 mil km2, pleno de riquezas naturais, tem fartas agricultura e pecuária, uma culinária rica e diversa e uma cultura popular exuberante. Não obstante tudo isso, pesquisa recente coloca o Estado como o segundo pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do País, atrás apenas de Alagoas.Sou maranhense. Nasci em São Luís , capital do Estado, no ano de 1966, mesmo ano em que o emergente político José Sarney assumiu o governo estadual, sucedendo o reinado soberano do senador Vitorino Freire, tenente pernambucano que se tornou cacique político do Maranhão, a dominar a cena estadual por quase 40 anos. De 1966 até os dias de hoje, são outros 40 anos de domínio político no feudo do Maranhão, este urdido pelo senador eleito pelo Amapá José Sarney e seus correligionários, sucedâneos e súditos, que gerou um império cujo sólido (e sórdido) alicerce é o clientelismo político, sustentado pela cultura de funcionalismo público e currais eleitorais do interior, onde o analfabetismo é alarmante.O senador José Sarney, recém-empossado presidente do Senado em um jogo de caras barganhas políticas, parecia ter saído da cena política regional para dar lugar a ares mais democráticos, depois de amargar a derrota da filha Roseana na última eleição ao governo do Estado para o pedetista Jackson Lago. Mas eis que volta, por meio de manobras politicamente engenhosas e juridicamente questionáveis, para não dizer suspeitas, orquestrando a cassação do governador eleito, sob a acusação de crime eleitoral, conduzindo a filha outra vez ao trono de seu império. Suprema ironia, uma vez que paira sobre seus triunfos políticos a eterna desconfiança de manipulações eleitoreiras (a propósito, entre os muitos significados da palavra maranhão no dicionário há este: "mentira engenhosa").Em recente entrevista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disparou frase cruel: "Não vamos transformar o Brasil num grande Maranhão." A frase, de efeito, aludia a uma provável política de troca de favores praticada pelo Planalto atualmente - segundo acusação do ex-presidente -, baseada em jogo de interesses regionais tacanhos e tráfico de influências. Como alguém nascido no Maranhão, e que torce para que o Estado alcance um lugar digno na história do País (potencial para isso não lhe falta, afinal!), lamento o comentário de FHC, mas entendo a sua ironia, pois o Maranhão tornou-se, infelizmente, ao longo dos tempos, um emblema do que de pior existe na política brasileira. Não é de admirar que divida o ranking dos "piores" com Alagoas, outro Estado dominado por conhecidas dinastias familiares.Em seus tempos de apogeu literário, São Luís, a capital do Maranhão, tornou-se conhecida como a "Atenas brasileira". Mais recentemente, pela reputação de cidade amante do reggae, ganhou a alcunha de "Jamaica brasileira". Não me espantará que num futuro próximo o Maranhão venha a ser chamado de "Uganda brasileira" ou "Haiti brasileiro". A semelhança com o quadro de absoluta miséria social a que dois célebres ditadores levaram estes países - além do apaixonado apego ao poder, claro - talvez justificasse os epítetos. " (Zeca Baleiro - cantor e compositor)

sábado, 20 de junho de 2009

Família nova

Apareceram de repente, pior ainda, de maneira triste. Ainda assim, sabia que seria uma alegria.
Está sendo uma alegria!
Desde de pequena que não divido quarto com ninguém e desde sempre que nunca tive uma irmã e outro irmão. Mesmo sendo egoísta, dividir as coisas não está me incomodando. Mesmo querendo uma cama grande só para mim, dividir a cama não me incomoda. Mesmo dormindo cedo não me incomoda conversar com ela até de madrugada. Até o que sempre me incomodou eu simplesmente esqueci.
Isso tudo porque os admiro. Admiro a força que tiveram depois de tudo que aconteceu em suas vidas, admiro as risadas que dão por qualquer coisa e garra de passarem o dia inteiro trabalhando e estudando. Admiro o amor e cumplicidade de irmãos que têm um com o outro e a coragem de enfrentarem tudo e todos como enfrentam.
Além disso, só tenho que agradecer. A alegria que trouxeram para a casa e, principalmente, tudo que ensinam sem nem perceber para todos nós.
Quando soube a situação em que viviam a minha única ação imediata foi chorar - como volta agora essa vontade. Porém, quando chegaram com meu pai em casa como poderia ficar triste os vendo brincar e rir como sempre fizeram?
Eu sei que estão sofrendo e o quão difícil é viver longe de casa, mas ainda assim eles conseguem levar a vida de forma leve e nunca agindo como vítimas - como muitos ainda estão fazendo.
Agora penso: do que tenho para reclamar? nada. A única coisa que me importa hoje é os fazer voltar a ter uma casa de carinho e o amor de uma família, como minha tia os criou.
____________________
Só para esclarecer sobre alguns apontamentos feitos no post passado, em primeiro lugar não quis fazer uma análise sobre a educação do Brasil de maneira geral, até porque observei uma esfera mínima disso tudo. Meu objetivo era apenas comentar sobre as turmas que observei e falar sobre o problema que encontrei. Errei por deixar transparecer que a professora era a única culpada e eu sei que não é. O meu texto estava fechado apenas naquilo visto dentro das salas.
Espero que tenha conseguido me justificar e muito obrigada pelos comentários!

domingo, 14 de junho de 2009

Experiências de uma sala de aula


Passei 3 semanas observando uma turma do Primeiro Ano do Ensino Médio da rede pública. Apesar da realidade estrutural que todos conhecessem do Ensino Público do país esta era um pouco mais organizada e com recursos melhores. Logo, um ponto positivo.

O que muitas vezes é discutido também é a falta de interesse dos alunos e problemas como evasão e disciplina, no primeiro momento achei os alunos apáticos e não levando muito a sério a máteria, porém após algumas conversas com eles percebi qual era o verdadeiro problema...

A professora!

A primeira aula até que ela passou o conteúdo de uma forma razoavelmente satisfatória - talvez pela minha prensença -, mas ao longo dos dias e da minha interação com os alunos percebi que ela conseguia preencher a aula com chamadas e correções de caderno (estes só recebiam o famoso "visto" para a famosa nota!) e era vista como a professora boazinha que sempre vai da muitas chances, então niguém precisa levar História a sério.

A maior conclusão que cheguei - além dela não ser uma das melhores professoras - foi a de que depois de todos colocarem a culpa em Governo e nos "pobres" alunos o maior culpado daquelas turmas é a forma como leciona a profissional. É muito triste conversar com um grupo de alunos por poucos minutos e conseguir instigar a curiosidade para a matéria e aquela que tem todos os recursos e o dever de fazer isso não faz!

O que me reconforta (um pouco!) é que irei fazer de tudo para que minhas aulas sejam bem diferentes daquelas, porém volta aquele desespero de perceber o potencial dessas turmas e não poder fazer nada para ajudá-los.

Talvez vocês estejam pensando que tudo isso já foi dito e só estou sendo repetitiva, porém o contato direto com essa realidade transforma qualquer pensamento feito, mas não tira o ânimo de tentar mudar, ao menos um pouco, essa realidade e muito menos me vem aquele pensamento de derrrotado em que nada pode ser feito e as coisas serão para sempre assim.

Sempre tive aquele ingênuo objetivo de mudar o Mundo (e quem não tem?) e muitas vezes me perguntei se conseguiria ajudar as pessoas com meu curso (como fui ingênua!) e essa observação me fez ter certeza que terei muito o que oferecer e muito o que mudar para que o conhecimento chegue da melhor forma aos meus alunos e eles possam se apaixonar por História como os meus professores fizeram comigo.



Ainda tenho muita História para contar...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Uma História de Amor


Nos conhecemos em 2006, da forma mais inesperada que eu poderia conhecer alguém, chorava por uma pessoa que me machucou e me aparece um menino falando que não ia me perguntar porque eu tava chorando, depois de 2min de conversa fui para casa sorrindo. Conversamos durante alguns meses com uma telinha de computador separando a gente, durante esse período o destino foi ajudando, em lugares que não imaginava encontrá-lo, lá estava ele. De um forma um pouco estranha ficamos pela primeira vez, como em todas as outras vezes não pensei que ia esbarrar com ele na saída do cinema. Passei um mês viajando e ele começou a fazer milhões de declarações - tudo bem, ele só queria conquistar aquela garotinha bonitinha como fazia com todas, mal sabia ele... - e eu fui adorando aquilo tudo, parecia que estava vivendo algo mágico, pois ninguém nunca tinha feito tudo aquilo por mim. Voltei e depois de um carnaval traumático, começamos a namorar. Não durou quase nada, ele logo terminou comigo por motivos sem sentido. Foi quando começei a ver que eu queria ficar com ele de verdade mesmo, assim fui correr atrás disso, então em um show simplesmente não acreditei no amor dele. Depois disso acho que ele caiu na real. Após quase um mês separados, ele me ligou e fiz a gente voltar! Neste mesmo mês era o meu aniversário e logo ele conheceu minha família inteira! Durante aqueles quase 10 meses juntos, muitas brigas aconteceram, desentendimentos e muita apredizagem também. Ele me mostrou um outro lado de mim mesma e me ajudou a melhorar muita coisa em mim. Porém, nós terminamos novamente. Foram quatro meses loucos, não estávamos juntos, mas nos falávamos todos os dias e dividíamos com quem cada um tinha ficado. Quando encontrei com ele foi a primeira vez que tive a sensação de tremer por dentro, porém ele não merecia meus beijos aquele dia ( mesmo eu morrendo de vontade de fazer isso). Foi quando em uma das muitas vezes que ele aparecia aqui, percebemos que estávamos agindo como namorados, então...

Estamos juntos até hoje.

Aquele garoto que conheci há três anos, hoje é um homem. Aquela garota, hoje é uma mulher. Nós dois sabemos que nos influenciamos de forma recíproca. Vivemos muita coisa juntos e aprendemos muito um com o outro. Somos melhores amigos, confidentes, namorados, amantes, companheiros, etc. Por isso que cada dia que passa nosso namoro fica melhor.

É a primeira vez que faço algo tão "público" para mostrar nossa história e dizer o quanto o amo, mas acho que esse é o momento apropriado.


Bom, isso não é amor, o que mais pode ser?


Te Amo, Italo!

terça-feira, 9 de junho de 2009

A sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de qualquer salão


Tive a oportunidade de assistir de perto ao show de Zeca Baleiro e os Bombásticos com O coração de um homem bomba, no Canecão esse sábado. Simplesmente perfeito!

Eu sei, eu sei, ele vive por aqui, já fez esse mesmo show aqui, porém toda aquela mágica sensação de colocar uma roupa de inverno e ir para um local completamente diferente de tudo que tem por aqui também contribuiu para o meu fascínio, só que é do show mesmo que quero me derreter em elogios.

Fui já sabendo que seria bom - claro! -, quem o conhece sabe de seu poder com as palavras como poeta e de sua força com o ritmo como músico, ainda assim ele conseguiu ser muito mais do que é isso. Pelo menos para mim, foi um grande momento de reflexão: sobre as letras, sobre as pessoas que ali estavam e sobre alguns (vários) momentos da minha própria vida. Claro que alguns, ou melhor, a maioria foi para o show como uma forma de status ou como diz Jay Vaquer: "[porque] alguém falou que era genial". Pessoas estas que também gostei de ver por ali, pois foram mais e mais pensamentos sobre tudo aquilo.

Muitas das músicas ainda não conhecia, mas só pelo primeiro contato me encantei pelo som gostoso e letras, no mínimo, interessantes. Além disso, todos os integrantes possuíam roupas que se completavam de uma maneira leve e divertida, tornando o palco um grande circo sobre assuntos sérios. Este ponto que me fez perceber um certa (e grande) contradição entre o querido Zeca e suas letras, porém quem não é contraditório? Também não é um ponto que posso afirmar, mas...

Bom, foi verdadeiramente bombástico e divertido. Grandes piadas com aquela grosseria de "brincadeira" que só ele consegue fazer, impressionante como ele corta os comentários maldosos de forma seca e ao mesmo tempo leve. Ainda assim, sabe agradecer da forma mais educada todos os inúmeros elogios! Sem contar sua performace e grandes dancinhas ótimas de se ver!


Claro que teve pontos para serem criticados, mas infelizmente - ou felizmente - as coisas boas que ocupam toda a minha lembrança. O triste, ou não, foi perceber o quanto carioca ele é e quão pouco de maranhense ainda resta. Não quero dizer que ele renegue nosso Estado ou sua origem, porém, querendo ou não, lá ele parece muito mais confortável, o que não de se estranhar devido ao começo de carreira por aqui.


O título do post, trecho da música Salão de beleza, foi pela inspiração da música para vim escrever aqui, quando ele cantou lembrei imediatamente o quanto odeio salão e iria escrever sobre isso, maaaas os elogios dominam minhas lamentações sobre os cubículos de beleza. Além disso, acredito que é uma belíssima frase para definir o póprio Zeca.


Dica: Vão o mais rápido possível ao show desse gênio da música!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ela's


Lá estava ela, no meio de sentimentos cansativos e guarda-chuvas frenéticos continuou sua caminhada até um amontado de gente esperando a mesma coisa que ela, aquela espera a trouxe de volta ao que estava acontecendo ao redor, deixou de lado a dor de cabeça e apertou os braços com a sensação de frio até relaxante mesmo percebendo a blusa toda molhada. Entrou naquilo que a deixaria em casa, ou pelo menos próxima de casa, e sentiu uma estranha sensação de claustrofobia foi quando a percebeu novamente, dominando as janelas fechadas. Se voltou para si e sentou para ser embalada, mais uma vez, por ela. Durante o longo caminho, pequenos sonos e sonhos se juntaram ao barulho tranquilizador dela. Após a descida para mais uma espera ela já tinha ido e só sobrou Ela, foi quando todas as sensacões cansativas do começo voltaram e a dor de cabeça aumentava e as pernas esfaleciam e os olhos fechavam. Quando, finalmente, chegou em casa controlando seu stress passou a mão nos cabelos presos e voltou a senti-la, então foi banhar para lembrar d'Ela.


Que essas - e outras - pequenas coisas possam ajudar a todos para uma vida mais tranquila, como fez comigo hoje.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Tempo, tempo, tempo...


O tempo. Complicado falar dele, mas tão simples reclamar que ele está voando...

Agora o que na verdade voa, o tempo ou a lógica do consumismo? Toda essa bem bolada máquina capitalista criou em nós - e as coisas só vem aumentando de geração para geração - essa necessicade de consumir : objetos, aparelhos, pessoas e o tempo! Como já dizia Marx, tudo vira mercadoria, por que o tempo iria ser privilegiado?

Estamos nos transformando em consumidores compulsivos de tempo, onde não podemos esperar um segundo numa fila ou numa parada, pois o tempo é curto e "Tempo é dinheiro"! Prova disso é a ressonância Schumann - que comprova o aumento da frequência da Terra, ou seja, aceleração do seu coração -, onde na verdade quem aumentou a velocidade foi o homem, este que se tornou uma grande máquina faz tudo.

Atualmente um jovem entra na Universidade com 17 anos, se gradua com 21, com 23 já fez a pós e com 25 é Doutor! E seu conhecimento de mundo? E sua visão crítica das coisas? Não, pensar perde tempo. Pensar requer tempo e, além de tudo, um esforço muito maior! Quem precisa mexer um olho sequer na sociedade pós-moderna?! Só os tolos (ou filósofos?). No lugar dessa perca de tempo, vamos é trabalhar, produzir um milhão de artigos por ano sem profundidade que assim ganhamos mais!

Tudo bem, estou sendo cruel com o tempo. Ele não tem culpa disso - nem a Terra -, nós que precisamos "acalmar" esse psedotempo, que só existe por conta do Capitalismo, e analisarmos o que acontece com o tempo, ou melhor, com nós mesmos. Se a felicidade estiver em ganhar um milhão trabalhando 20 horas por dia para morrer de infarto aos 40, ok! Se não é isso que eu quero então me preparo para fazer um esforço ainda maior para conseguir nessa vida um pouquinho - pois concordo com Marx, não tem como sair dessa lógica capitalista - de sossego.



Passei um bom tempo sem escrever por falta de tempo! A lógica da produção em massa de trabalhos, aulas e provas me consumiram e ainda estão me consumindo. Porém, não tem como estudar Marx e não parar tudo que estava fazendo para gastar meu tempo fazendo aquilo que gosto: escrevendo!

sábado, 9 de maio de 2009

Obrigada!


Estou de passagem só para agradecer a Natiih pelo link em seu blog. Não estou aqui pela corrente - coisa que não suporto -, nem para ditar aquelas regrinhas - nada contra, mas meu tempo está realmente curto. Na verdade queria apenas deixar o link de alguns blogs que acredito que irão trazer algo de bom para todos que lerem, aqui vamos nós:
Fernanda Mel : minha querida hoje e sempre!
Lets Figueiredo : melhor publicitária!
Charlatões : só lendo para entender!
B. : leveza única!
Melanie Brown : palavras sinceras!
Hosana : acabei de conhecer, mas já percebo sua grandeza!
Bom Proveito!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Explosão de crianças




Ouvindo uma música hoje, me voltou a idéia que sempre me atormentou: a enorma demanda de pessoinhas chegando e todos fechando os olhos para elas.

Que o mundo é um caos, que o Brasil tem muita gente sofrida todos nós já sabemos, mas que tal começarmos por baixo, ou melhor, pelas coisas mais "simples" para mudar essa situação?

É muito fácil colocar a culpa no Governo pelos filhos não terem o que comer, mas o que custa diminuir a escadinha de filhos que em toda periferia se encontra?

Sei que não é fácil ir lá para o meio de um povoado, onde não tem nem água para beber, e dizer para eles usarem camisinha ou para tomar uma pílula, mas é preciso começar (de preferência com a água também)! Com certeza, umas das pessoinhas daquela escadinha irá compreender num futuro próximo essa menssagem - se bem trabalhada.

Ao invés de estarmos querendo copiar países desenvolvidos na sua forma de fazer o vestibular, seria mais proveitoso iniciarmos essa apropriação com os pequenos males que aflingem nossa sociedade desde sempre. Esse boom demográfico - onde o problema não está nem nisso, mas na falta de condições de manter um qualidade de vida para essas crianças - faz que o velho ciclo vicioso (que assola nossa frágil sociedade) só piore e torna-se mais denso. "Filho de peixe, peixinho é".

Não imagino, nem quero, que todos parem de fazer o que quer que seja, só acho que o envolvimento com campanhas de conscientização do uso de contraceptivos devam atingir não só meus vizinhos, mas cada dona de casa no coração desse país, cada Maria que cuida com carinho do pote de barro e do copo de alumínio, além de seus amados e numerosos filhos. Só assim para a proteção se tornar um hábito e o aborto se tornar distante - não o contrário!

Talvez seja a única forma de cada criaturinha desse Mundo chegar aqui com mais segunça e uma vida mais bela e, ainda, de todas estas que já estão rodando por aqui - perdidas na confusão - sintam aquela injeção de ânimo que nós sentimos quando acordamos na nossa cama macia e comemos um belo café da manhã antes de irmos fazer as coisas que mais gostamos.





Então, antes de dizer: "Pare o mundo que quero descer!" finalize a obra inacabada que nos foi deixada para quando sair possa apreciar uma bela paisagem lá de longe...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pensamentos mais avulsos ainda


Tudo se confunde na enorme confusão. As (loucas) idéias dominam e só se sente aquele rio de pensamentos levando você pela conrrenteza e para o obscuro fundo que ninguém sabe aonde vai chegar. Até que pensa: Se estou perdida aqui, qual a diferença de me perder lá? Vai e se perde mesmo.

Quem sabe a perdição te encontre. Nesses momentos qualquer coisa serve, até nada.

Esconde-se sob devaneios e só alcança a angústia (algo muito mais durável que a tristeza), e então, se encontrou? Acho que não.

Faça algo produtivo, mesmo que não se encontre vai ajudar - ou piorar - o caminho de alguém. É, todos se perdem mesmo em seus delirantes afazeres, deve ser esse o rémedio - ou droga?

Então se perca mesmo, nas drogas, nos delírios, nos paradoxos, nas angústias e tristezas. Ou então ria sem saber o motivo ou chore sem necessidade. Pensar aflinge mesmo, melhor viver as fantasias. A vida não é um verdadeiro conto de fadas? Viva.



É tudo confusão mesmo. A falta de caminho e certeza ainda há de nos salvar.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

De volta aos feudos


De uns cinco anos para cá está acontecendo um fato, no minímo, curioso. Estamos no "boom" da engenharia civil, onde a cada dia surge condomínios fechados com as mais diferentes salas, aréas de vivência, playgrounds e mais um milhão de coisas que nem o nome se entende (ainda mais no estado mais pobre da nação). O que seria isso se não a volta aos velhos conhecidos feudos? Já temos uma cidade provinciana mesmo, isso é apenas a continuação. O irônico nisso tudo é essa busca por uma pseudo-segurança que é praticamente impossível num país como o nosso. Na verdade, já começo a pensar em algo mais grave, as pessoas não estão procurando segurança talvez estejam atrás de esconderijos, onde possam se esconder das mazelas da sociedade que todos têm medo de encarar. Só tenho essa explicação para a criação de espaços para a diversão dos pets das madames...

Assim, cada qual se tranca em seu condomínio fechado, vive aquele mundo de cores amenas (para não cansar), banha na piscinas com os amigos vazios e brincam nos espaços reservados com seus pets. Que o mundo depois dos muros se exploda! e que não passe resquícios pela cerca elétrica...



P.S.: Não sou contra condomínios fechados.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Parada Obrigatória

O carro sai
Chega na rua

E Para.

Para. e vê
Aquela enorme construção
Para que serve tanto concreto?

Lembrou
Para colocar o nome de uma celebridade ainda viva
Para fazer um showzinho no primeiro dia
E, claro, para Parar.

Ah, Alcione Nazaré!
Se fosse pelo menos você mesma que estivesse ali...



_________________


Não sejam muito duros com a diferenciação na minha forma de escrever, as coisas saíram naturalmente. Quando vi, já tava escrito!

domingo, 5 de abril de 2009

Pensamentos avulsos

- O que é isso?
- É o jornal que trabalhei semestre passado.
- Tu já faz faculdade?
- Faço.
- Qual o curso?
- História.
silêncio..................
- HaHaHa! Tu deve está se perguntando: História? Quem faz História?
- Não, mas assim ... tu sempre quis ser professora?

Nessas horas que sinto o peso das minhas escolhas. Nessas horas que fico imaginando se é o caminho certo a seguir, se conseguirei transpor não só o preconceito dos outros, mas os meus próprios preconceitos. Sempre, erroneamente, planejei, viajei o meu futuro, hoje que tudo caminha de uma forma diferente bate aquele medo de não seguir meus velhos planos, ou ainda, ter que criar planos novos. Não aqueles que todos me diziam quando criança, quando me perguntavam o que eu seria quando crescesse e tinham a minha resposta reconfortante sendo aquilo que queriam ouvir. Nem mesmo a minha resposta consciente do que iria prestar vestibular, já certa do que seria minha vida. Acabou (ou começou?) que tudo mudou. As coisas mudam. E ainda não sei se meu encantamento é passageiro ou é aquele encanto de quando nos encontramos no Mundo. E sempre busquei aquilo que transformaria meus dias em puro encantamento. Porém, continuo na dúvida se quero descer ou ficar por aqui. Será que os meus sonhos serão alcançados? Será que meus sonhos estão certos? Bom, ainda tenho sonhos. Já é um começo.
Sempre achei que podia viver com mais, depois do diálogo com pessoas que vivem um ínfimo universo de marcas e festas "descoladas", acho que sempre estive certa. Então, acredito que estou no caminho mais prazeroso para analisar tudo ao meu redor com Mais e, assim, Viver com Mais. O problema é que existem tantos caminhos...


P.S.: Fazer História não significa, necessariamente, ser Professor - na forma popular do termo.
E ser Professor é um dom para poucos. Me orgulho em adquirir saber histórico.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Dança: magia e sensações


Chego algumas horas antecipadas para fazer uma aula antes do grande momento. Sempre espero um ano inteiro para aquele dia. Coreografias, figurino, maquiagem, coque, camarim e a incrível sensação de passar um dia - ou melhor três dias - inteirinho no lugar mais mágico que existe: o Teatro. Um local onde tu esquece do mundo horrível lá de fora e se concentra naquilo que mais ama. Tudo ali é inspirador, o clima frio, o cheiro de pés, gente e carpete, tudo misturado, que contribui para que todas as lembranças tenho um gostinho ainda mais especial. Único lugar da cidade que posso andar de tchutchu, sapatilha de ponta, coroa de princesa e um casaco por cima de tudo e ainda tirando foto sem ninguém me chamar de louca. Único lugar que já descobrir passagens secretas e comi escondida um milhão de baboseiras. Bom, começa a aula. Com ela aquele suor prazeroso que me mostra o quão estou viva e movimentos que me faz ganhar ainda mais vida. Depois da aula uma rápida passagem no palco e tenho uma das visões mais lindas do teatro: cadeiras vermelhas vazias com os detalhes em dourado que me levam para bem longe e ocupo mentalmente cada lugar com alguém especial e observando tudo aquilo está o grandioso e imponente lustre, acredito que a maior obra de arte daquele lugar. Pronto, está montado o espaço que me faz sentir toda aquela dança entrando pelos poros. Após a passar a coreografia inicia aquela dor habitual no dedo do pé, mas o nervosismo para voltar ali e mostrar para todos aquilo que trabalhei com tanto afinco me faz esquecer todas as dores. Volto para o camarim e começo um ritual delicioso, fazer aquela maquiagem que ressalta a beleza do rosto de qualquer mulher. Depois de todas nós prontas voltamos para o palco e ficamos ouvindo o burburinho das pessoas chegando, acabo ficando ainda mais ansiosa. Toca os três sinais para começar os espetáculo e todas corrrem para os bastidores para ficar olhando encolhidas e silenciosamente o início daquele mundo mágico. Mãos suando frio, cabeça pensando em tudo aquilo que tenho que fazer e ao meu lado, tão nervosa quanto eu, aquela que me acompanhava em tudo e ali nós nos dávamos força e coragem. Entramos no palco. Primeiro sinto a força das pernas enrijecidas pelo frio darem sinal de vida, depois sinto a luz do holofote grandioso banhando meu corpo com sua luz quente. Esta luz com certeza me incomodaria, mas a sensação de dançar e usar todos os cantinhos do meu corpo faz com que o holofote me reconforte e, depois de focar meu olhar, enxergar toda aquela pláteia com todas as atenções para o incrível palco traz uma felicidade indescritível para mim. Aplausos. Pisquei e acabou. Agora é só sair com aquele enorme sorriso para receber aqueles que acreditaram em mim. E abraçar a minha maior companheira.
Acredito que voltarei ao palco do TAA no final de abril, depois de um ano sem subir lá, e a vontade de dançar se mistura com a sensação de vazio, por ela não dançar ao meu lado. Nem ensaiar comigo, nem ficar nervosa comigo, nem chorar comigo!


Pensarei em você quando estiver lá em cima.

quinta-feira, 19 de março de 2009

A evaporação da essência.

Começei esse mês o segundo período do meu cusro de História e entre outras cadeiras iniciei Teorias da História. O que gostaria de "devanear" por aqui é sobre algo um pouco mais filosófico que discutimos ontem na aula mas, não se preocupem, não irei falar sobre História e suas teorias (algo realmente complicado!). Descobri hoje que para alguns autores pós-modernos natureza não existe mais e, o mais interessante, nem nós. Como assim? Eles acreditam que somos apenas simulação daquilo que um dia fomos. Instigando o professor (que viaja mais que muitos filósofos!) começei a perceber o quanto isso faz sentido. Primeiro que essa noção de simulação é algo bem complexo, pois não é nem o dito real nem algo totalmente inexistente, já que tudo aquilo que nos faz sentir algo não pode ser considerado inteiramente fantasioso. Bom, a noção de somos simulacos é muito perceptível e irei falar sobre o mesmo exemplo da aula. A busca da nossa essência. O que na verdade não existe mais, pois o que se busca hoje? Dinheiro, fama, carreira. Queremos ser reconhecidos por essa mania de nos tornar a qualquer custo memória, ou seja, de alguma forma imortais - e, diferentemente do que muitos pensam, isso é uma construção histórica, não algo natural do homem. Esta não busca pela essência está nos destruindo, não porque nos afasta ainda mais de achá-la (até porque nem sabemos ao certo o que é essência), mas sim porque dessa forma paramos de olhar para o nosso interior. E, ao meu ver, chegamos a esse ponto por pararmos de refletir sobre tudo ao nosso redor. E todas as criações desse mundo consumista são nossas facetas de acomodações. Além disso perdemos um dos pilares da nossa condição humana, a noção do que sentimos. Como posso dizer que amo alguém se não entendo aquilo que estou sentindo? Será nossos gostos e sentimentos são nossos ou são formas generalizadas de se viver?
Essa noção - ou a falta dela - sobre os sentimentos me fez pensar no meu blog. Percebo agora que meus textos também são uma forma de entender aquilo que sinto ou penso sentir ou aquilo que apenas penso. E, com certeza, é isso que falta nesses humanos que já não existem mais. Como diz um grande professor que passou pela minha vida: Penso; Sinto, Logo Existo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

8 de março




Dia Internacional da Mulher. Comemoro essa data mesmo antes de saber o que ela significa para mundo, ou pelo menos dizem que significa. Me orgulho dessa data por algo diferente que todo mundo e por isso de forma bem mais verdadeira, pois passar um ano inteiro renegando mulheres e as inferiorizando não me mostra sentido nesse dia. A data "especial" é só mais uma forma de esconder problemas e fantasiar um mundo que ainda não temos. Bom, mas a minha comemoração do dia 8 de março, com certeza, é bem mais bonita, verdadeira e especial que essas reportagens insignificantes sobre mulheres. Não festejo gêneros, nem raças, nem postos. Celebro pessoas! E nesse dia, principalmente, uma pessoa em especial. Alguém que não precisa ser mulher para ser homenageado, que possui uma qualidade muito maior que ser mulher, Ele é humano. E com todas as qualidades que uma pessoa precisa ter para ser tão amada. O meu pai é invejável não por ser mulher, claro, mas por possuir uma forma extinta de Conquistar mulheres. Nasceu no dia delas não por acaso, pois ele consegue tocar as mais diferentes mulheres e tranformá-las em pessoas cada vez melhores de um jeito único. Com aquele seu sorriso fácil, seu lema de nunca se estressar e seu caráter admirável ele conquista, todo dia, mulheres mais que especiais para o seu lado. É mais invejável ainda por conquistar não só mulheres, mas pessoas! E pessoas de verdade, com medos, sonhos, lutas, erros...mas pessoas que acreditam nele e o respeitam por isso. No aniversário do meu pai não celebro seu posto de pai (tem um dia pra isso também), mas celebro o ser humano incrível que ele é. Uma pessoa que me espelho e tento ser, pelo menos, metade do que ele representa para mim. Nesse dia da mulher a minha homenagem vai para um Grande homem e para as mulheres que o ajudam a ser este grande homem.




Uma homenagem ao meu pai e às mulheres da vida dele.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Apenas um conto.


Era para ser mais um encontro como todos os outros, se encontravam trocavam algumas palavras e se derretiam em carícias. Porém alguma coisa tinha mudado, ela podia sentir. As palavras já não existiam e o silêncio tornava o clima ainda mais pesado, mesmo assim, eles não conseguiram evitar os beijos. As coisas estavam um pouco mecânica para o seu gosto, mas algo a impedia de parar tudo aquilo e ir embora, até o choro que segurava não foi suficiente para tirá-la correndo dali. Até que ela começou a enxergar toda aquela triste cena de outra forma, os abraços e beijos também eram um jeito de dizer " eu te amo" e depois de tudo que tinham passado, depois de tanta mágoa guardada por ambos essa era a melhor forma de se entenderem no momento. Foi então que deixou seu sentimento transbordar através de gestos e olhares, até que no fim soltou suas sinceras lágrimas de felicidade e teve certeza de que no final tudo dá certo. E aquele abraço apertado foi seu jeito te dizer que ia cuidar dele.
P.S. : História meramente fictícia.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Humanização da sociedade

Começei a ler essa semana o Vendedor de Sonhos e como cada linha do livro te faz refletir sobre diversos aspectos da nossa sociedade estarei, quando achar necessário, comentando aqui sobre ele. Muitos pontos que o Mestre ressalta eu já havia reparado também, como a tranformação da religião em uma mera forma de acabar com as dores mundanas do dia-a-dia. Porém, a mensagem que achei mais bonita nessas primeiras 100 páginas lidas foi, com certeza, a relação do grupo da história com as pessoas, ou seja, a humanização que todos eles estão passando. Mostram que todos merecem o mesmo respeito e que cada um, principalmente os "figurantes da sociedade", possui uma história de vida fascinante, com alegrias e tristezas, sucessos e derrotas.
Isso tudo me dá fôlego para prestar mais atenção em todos aqueles que diariamente ignoramos e que ás vezes só precisam de um ouvido disposto a escutar seus problemas e apoiá-los a seguir a vida nesse manicômio social que vivemos. Além dessa visão, outra que adorei foi a relação das crianças com a tecnologia. Como os pais enchem seus filhos de equipamentos eletrônicos para não ter que se relacionar com eles como pessoas Praticamente não existe mais a espontaneidade entre pessoas, mas na frente de uma máquina todos libertam seus sentimentos e apenas aqui todos perdem o medo de se perder. Tenho noção de que é isso que eu também faço, porém já estou trabalhando para me humanizar. E você, não quer tentar também?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Paralização do meu mundo

Essa vida muitas vezes nos passa a perna e mostra o quão duro é nosso chão. Deixa claro que sonhos são apenas sonhos e só com eles ninguém alcança nada, aquela velha história fale menos e faça mais. O engraçado é que sempre Falo isso e agora vejo como não serviu para nada, apenas para a dor da queda ser ainda maior. Aquela garota com milhões de sonhos empolgantes começa a analisá-los com outros olhares. Sonhadora? sempre. Mas com uma vontade muito maior de realizá-los com os pés bem firmes no chão, pois já percebi que é muito mais seguro. Até porque o desejo de me movimentar como o mundo lá fora está cada vez maior. Sempre achei que meu mundo era muito pequeno pra mim, agora tenho certeza. Além disso, pela primeira vez sou grata por ser imediatista!

É, um pouco de egocentrismo no nosso próprio blog não faz mal para ninguém.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mafalda!

Clube da Mafalda

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Marionetes Baianas

Começou essa semana a passar na tv o Festival de Verão de Salvador, em uma das muitas noites sem dormi fui assistir essa festividade. Começei a observar como somos facéis de virar marionetes, desde BBB que observo isso, mas perceber a dominação daquele "de cima" sobre os pobres mortais "de baixo" de um tamanho gigantesco como neste Festival assusta muito mais que apenas com os 16 participantes dentro de uma "casa fantástica". Com certeza é divertido, principalmente por não precisar pensar para nada, pois até os movimentos do corpo alguém te fala - " todo mundo virado pra direita com a mão no ombro do da frente e desce até o chão ". Uma forma de diversão, apenas? Talvez. Porém, na minha opinião, só mais um "jeitinho brasileiro" de escapar dos problemas irrisórios que ninguém nunca conseguiu resolver por aqui. Se bem que depois de assistir uma análise sobre o significado de cada roupa que a esposa dO presidente do mundo, Obama, vestiu nos últimos dias nada mais devia me assustar...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Socialmente falando de fôrmas

Essa idéia monótona de que todos cabem numa das fôrmas socialmente criadas cansa. Principalmente quando isso vem impregnado de preconceitos burros e discriminações sem fundamentos.
Por que a decepção dela beijar outra garota? A parte "humana" dela é a mesma, já pensou onde está a sua?
Por que achar desperdício um homem bonito homossexual? Gays só podem ficar com gente feia?
Engraçado é achar a India estranha se nossas fôrmas [ ou como chamam lá castas ] são tão duras quanto, pelo menos eles não são hipócritas...

Será que alguma coisa pode salvar a Terra dessa humanidade medíocre?
Obrigada.