Tive a oportunidade de assistir de perto ao show de Zeca Baleiro e os Bombásticos com O coração de um homem bomba, no Canecão esse sábado. Simplesmente perfeito!
Eu sei, eu sei, ele vive por aqui, já fez esse mesmo show aqui, porém toda aquela mágica sensação de colocar uma roupa de inverno e ir para um local completamente diferente de tudo que tem por aqui também contribuiu para o meu fascínio, só que é do show mesmo que quero me derreter em elogios.
Fui já sabendo que seria bom - claro! -, quem o conhece sabe de seu poder com as palavras como poeta e de sua força com o ritmo como músico, ainda assim ele conseguiu ser muito mais do que é isso. Pelo menos para mim, foi um grande momento de reflexão: sobre as letras, sobre as pessoas que ali estavam e sobre alguns (vários) momentos da minha própria vida. Claro que alguns, ou melhor, a maioria foi para o show como uma forma de status ou como diz Jay Vaquer: "[porque] alguém falou que era genial". Pessoas estas que também gostei de ver por ali, pois foram mais e mais pensamentos sobre tudo aquilo.
Muitas das músicas ainda não conhecia, mas só pelo primeiro contato me encantei pelo som gostoso e letras, no mínimo, interessantes. Além disso, todos os integrantes possuíam roupas que se completavam de uma maneira leve e divertida, tornando o palco um grande circo sobre assuntos sérios. Este ponto que me fez perceber um certa (e grande) contradição entre o querido Zeca e suas letras, porém quem não é contraditório? Também não é um ponto que posso afirmar, mas...
Bom, foi verdadeiramente bombástico e divertido. Grandes piadas com aquela grosseria de "brincadeira" que só ele consegue fazer, impressionante como ele corta os comentários maldosos de forma seca e ao mesmo tempo leve. Ainda assim, sabe agradecer da forma mais educada todos os inúmeros elogios! Sem contar sua performace e grandes dancinhas ótimas de se ver!
Claro que teve pontos para serem criticados, mas infelizmente - ou felizmente - as coisas boas que ocupam toda a minha lembrança. O triste, ou não, foi perceber o quanto carioca ele é e quão pouco de maranhense ainda resta. Não quero dizer que ele renegue nosso Estado ou sua origem, porém, querendo ou não, lá ele parece muito mais confortável, o que não de se estranhar devido ao começo de carreira por aqui.
O título do post, trecho da música Salão de beleza, foi pela inspiração da música para vim escrever aqui, quando ele cantou lembrei imediatamente o quanto odeio salão e iria escrever sobre isso, maaaas os elogios dominam minhas lamentações sobre os cubículos de beleza. Além disso, acredito que é uma belíssima frase para definir o póprio Zeca.
Dica: Vão o mais rápido possível ao show desse gênio da música!